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terça-feira, 22 de outubro de 2013

Uma garrafa no mar de Gaza-Valéria Zenatti

Inicialmente, eu acreditava que Uma Garrafa no Mar de Gaza seria um livro sobre uma garota israelense que escreve uma carta aos palestinos em revolta após sua cidade entrar  em um atentado de bomba. Quando sua carta é colocada em uma garrafa e inesperadamente chega nas mãos de um palestino, que fica revoltado com seu conteúdo, começa uma correspondência entre duas pessoas  que tentam defender suas crenças. Bem, ledo engano, se o livro trata de alguma revolta, é pela guerra em si, revolta por todo o sangue que ela já gerou e continua gerando, revolta pelo mundo ver palestinos e israelenses, muçulmanos e judeus, onde na verdade também há homens, magros, gordos, altos e baixos, que querem um pouco de felicidade e menos medo em suas vidas.
Quem encontra a carta é um garoto que auto se intitula Gazaman, e diferente do que Tal esperava, ele não está contente com suas palavras, pelo contrário, ele está com raiva. Mas atrás de seu humor ácido há um homem que está cansado, da guerra, de homens bomba, do medo, e esses dois estranhos, tão diferentes, iniciam uma improvável, e proibida, amizade.O livro inicia com Tal escrevendo suas memórias desde o dia em que houve um atentado próximo a sua casa, e após um tempo tem a ideia de colocar as folhas em uma garrafa e jogar no Mar de Gaza. Ela quer entender um palestino, formar uma ligação com alguém do outro lado e mostrar que é possível, apesar de todas as crenças contrárias, a paz entre muçulmanos e judeus.
Eu não sei vocês, mas quando leio um livro eu tento viver o personagem, ficar com raiva, vibrar, e amar junto com ele, e eu gostar ou não de um livro depende de quão forte foi minha sintonia com o mesmo. No caso de Uma Garrafa no Mar de Gaza, apesar de eu nunca ter chegado perto de viver o que Tal e Niam viveram, eu sofri junto com eles. Então, sim, eu respirei esse livro. Foram poucas páginas que resumiram um mundo de sentimentos, e eu acabei pegando carinho por cada personagem.

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